As pessoas que habitamos a Galiza pagamos impostos para os poderes públicos garantir a nossa segurança, bem-estar, saúde e vida. Eis a formalidade administrativo-legal. A realidade é que as pessoas da Galiza pagamos impostos para os poderes públicos nos ROUBAR a terceira parte dos impostos que pagamos: numa estimação à baixa, no ano 2007, pagamos 12.000 M€ e recebemos 8.000 M€, quer dizer, ROUBAM-NOS 4.000 M€. Portanto os poderes públicos só garantem as duas terceiras partes da nossa segurança, bem-estar, saúde e vida. Isto em todos os âmbitos, salários, emprego, ensino, saúde, transportes, estradas, etc. o qual determina na Galiza salários mais baixos, menos emprego (ASTANO fechado), rede de ensino mais deficitária, menos e mais caros transportes, piores estradas, etc. e uma rede de saúde muito INFERIOR.
Em termos gerais, durante os três decénios «democráticos», «gallego el último» foi o mote que inspirou os sucessivos governos espanhóis e galegos contra nós em todos os âmbitos particularmente o da representação eleitoral: o último, o pior, para a Galiza, o franquismo.
E o franquismo continua a dia de hoje governando a Galiza e a sua rede da saúde, o SERGAS, com todas as competências na matéria, quer dizer, a CORRUPÇÃO governa o SERGAS, desde Pilar Barja, o militar Garcia Iglesias, premiado com o CHUS de A Crunha até a Diretora Geral que, namorada, utiliza o cargo para contratar diretamente o seu marido e aumentar os seus bens ganânciais, confirmando até o infinito que o PP é um fato de bandidos organizados para delinquir (com a aquiescência do poder judicial particularmente na Galiza), para se enriquecer pessoalmente: o caso Matas, o «Bigodes», o Correa-Gürtel, o «Retablo», apenas esclarecem o miúdo, as migalhas do que o PP leva ROUBADO; ninguém INVESTIGA, nem sequer fala de CORRUPÇÃO dos governos de Aznar particularmente do ROUBADO por Pizarro em ENDESA e na vaga de privatizações do governo do «Senhor das Medalhas» («Paco Medalhas») pagadas com dinheiro público, o Senhor Aznar; na nossa opinião, os lucros de ENDESA foram a alavanca que o Sr. Aznar e governos utilizaram para se fazer com as economias das Américas Central e do Sul, numa palavra, de «fazer as Américas».
«Fazer as Américas» é o que pretendem Pilar Farjas e a companha a conta da segurança, bem-estar, saúde e vida de milhões de pessoas da Galiza, quer dizer, insegurança, mal-estar, doença e morte da população da Galiza para lucro pessoal da «Pilarica» e sequazes: privatizando o hospital de Vigo ROUBARÃO SE O NÃO IMPEDIMOS mil milhões de Euros, suficientes para financiar outros dois hospitais públicos; outro tanto na Ponte Vedra: falta por quantificar, como sempre, a totalidade do valor da espoliação.
No caso de Ferrol, o último dos hospitais das sete cidades galegas, o mote dos governos é «ferrolano el último» para nos privar de muita coisa existente em outros hospitais galegos PÚBLICOS. O Centro Oncológico da Galiza, conhecido por Labaca, propriedade do Concelho de A Crunha, foi entregue à banda para mais e melhor ROUBAR a toda a Galiza que depende dele porque o INVESTIMENTO PÚBLICO em «maquinas-diagnóstico», as mais custosas, CONCENTRA-SE nele: tem mais que o melhor dotado de Compostela, pois bem, se o utilizarmos como referente comparativo com o hospital Arquiteto Marcide, a distância é brutal; numa palavra, as cerca de duzentas mil pessoas que atende a Área Sanitária de Ferrol pagamos menos impostos que o resto da Galiza. Daí que o hospital Arquiteto Marcide seja o último quanto a investimentos que determinam que seja o último em serviços de saúde para a população da área que aliás é a última da Galiza.
Para acabar com isto para além de acudir à manifestação convocada pela Plataforma em Defesa da Saúde Pública para o Domingo, 11 de Abril de 2010 com saída às 12 horas do Ambulatório «Fontenla Maristany», achamos FULCRAL reivindicar eleição democrática das pessoas que regem as Áreas Sanitárias, controlo público das despesas orçamentárias e outras medidas que determinem que a PRIORIDADE é a segurança, bem-estar, saúde e vida da população da Galiza que é a que mais ordena. Por isso nós defendemos a Assembleia Nacional da Galiza para a derrocada do governo de Feijó (e novas eleições livres, limpas e democráticas) exercendo o direito de REVOLTA, DE INSURREIÇÃO.
Em Ferrol, Segunda-Feira, 6 de Abril de 2010
COMISSÃO PARA A REUNIFICAÇÃO NACIONAL DA GALIZA E PORTUGAL