Umha semana após, apenas ecoam já os berros de protesta dos CAF contra a vertical suba das taxas. O "show" da organizaçom estudantil satélite do BNG rematou, e tam só as moreias de papel de propaganda acumulado nas lixeiras testemunham a passagem dumha maré pacífica cuja presença nos Cámpus deu aos CAF um rol protagonista com que fazia lustros que nom se enfeitava.
Novembro 2007
Umha semana após, apenas ecoam já os berros de protesta dos CAF contra a vertical suba das taxas. O "show" da organizaçom estudantil satélite do BNG rematou, e tam só as moreias de papel de propaganda acumulado nas lixeiras testemunham a passagem dumha maré pacífica cuja presença nos Cámpus deu aos CAF um rol protagonista com que fazia lustros que nom se enfeitava.
Resta agora saber se depois de tamanho esforço lhes ficam fôlegos para fazer algo mais este curso. Mau será que para Maio...
PSOE e BNG, contra as taxas na Universidade, a prol delas no governo
De AGIR interpretamos esta fantástica amostra de capacidade organizativa e mobilizaçom contra a suba das taxas, em primeiro termo, na sua significaçom negativa: devemos analisar, em paralelo ao visto estes dias, o quê nom fam, ou o quê deixam de fazer os "Comités" quando nom estám de gala como a começos deste curso.
Fazemo-lo porque achamos importante que esta fúria de festa-protesto nom leve o estudantado universitário, pouco afeito à luita e à autoorganizaçom, a enganar-se polos malabares hipócritas de quem, ao mais puro estilo dum regimem totalitário, controlam a política governamental contrária aos interesses da maioría social, e controlam, ou tencionam controlar, também, - para assim a tornar asséptica- a resposta popular contra a devandita política.
Saber que os cahorros do PSOE, IESGA, também dixêrom estar em contra da suba das taxas, só que nom participavam desta convocatória, como si o fixo um desnorteado Sindicato de Estudiantes, porque coidavam que era oportunista fazê-lo o dia anterior a umha ponte feriada, foi o paroxismo do patético clima de oportunismo e vazio "político" que, polo visto, aprendem bem as novas geraçons dos seus superiores.
Contra a suba das taxas... Por que nom?
Acubilhados sob as palavras-de-ordem mais populistas que for possível corear, sem entrar a aprofundar na crítica da situaçom global da mercantilizaçom da Universidade e a conseqüente gestaçom do modelo ianque de Universidade-empresa na que eles tam comodamente se ubicam, os CAF semelham ignorar a problemática real da Universidade na Galiza, isto é, a dependência nacional das estruturas capitalistas espanhola e europeia.
Hoje, luitar contra a suba das taxas sem lançar umha mensagem contra as políticas neoliberais trazidas à Galiza polo PP, PSOE e BNG, nom fai nengum sentido. Menos, com umha greve que fai de extensom da ponte de Novembro e que num ambiente de calma na Universidade apenas serve para dar descanso ao professorado.
Para que nom se diga...
Aliás, e em segundo termo, nom podemos esquecer a necessidade dos CAF de mover peça no ensino superior.
A iniciativa tomada pola esquerda independentista agrupada em AGIR na luita contra o Processo de Bolonha há já quatro anos, e o seu alargamento com a criaçom de diferentes modelos assembleares, situárom os CAF fora de jogo.
Máxime toda vez que rechaçárom em senlhas ocasions artelhar um movimento plural contra a mercantilizaçom no ensino:
-Umha vez, quando a começos do curso passado AGIR contactou com CAF e Sindicato de Estudiantes para apalpar os ánimos de luita e tactear o terreno para involucrar o que na altura era o movimento estudantil organizado, proposiçom de unidade à qual os CAF nem resposta dêrom.
-Mais umha vez, quando o curso passado se conheceu que o sector dominante na direcçom do estudantado autonomista "recomendava" à filiaçom manter-se alheia ao movimento da Coordenadora de Estudantes.
O "lobby" do autonomismo estudantil. Como protestar sem amolar.
Como diziamos em primeiro lugar, após anos de inaniçom, de parálise clientelar, de resaca post-LOU, de campanhas às Juntas e ao Claustro como definitórias do espírito eleitoralista e institucionalista das juventudes autonomistas, etcétera...
Após representar tam soberbiamente esse papel do autonomismo que Beiras algum dia denominou "dique de contençom" da massa, neste caso estudantil, os CAF lembrárom que tenhem umhas siglas para algo mais do que celebrar um Magusto todos os Outonos.
Esta deriva nom é autónoma da encetada polos amigos de Tojeiro e Artur Mas: o BNG. O acoplamento milimétrico do BNG às instituiçons espanholas também se manifesta na Universidade espanhola na Galiza, e nem só a través dos seus cachorros.
Alguém ignora a estas alturas que Senén Barro foi proposto candidato nas eleiçons à Reitoria com a apoio expresso dos 3 grupos de professorado representantes dumha análoga divissom no Parlamentinho galego? Alguém ignora que os CAF participam com a honestidade dum servo bem alimentado nas Juntas de Faculdade e no Claustro da Universidade? Alguém ignora ainda que os CAF som a organizaçom estudantil com mais recursos humanos -quantitativamente falando-, com mais recursos económicos e, por suposto, com menos ganas de trabalhar?
Os CAF, com o carimbo da UPG, sabem que o seu dever na Universidade e entre o estudantado é o mesmo que o do espanholismo entre a cidadania das aldeias galegas: nom perder a categoria de "organizaçom hegemónica".
Este rol levam-no a exercício práctico de duas formas:-Como colectivo dominante e portanto capacitado para um tipo de acçom de baixa intensidade própria da esquerda reformista, que se quer pode pôr cartazes até nas árvores -demonstrárom-no-lo estes dias; só nestes dias--
Como mera detentaçom de força no imaginário social, ao jeito dum tigre de papel; clássico grupo de poder com acesso aos mass media e que exerce a contençom no seu ámbito de trabalho com campanhas cada 5 anos dando a entender que, como eles, ninguém.
Copando, aliás, todos os postos de representaçom numha Universidade em que apenas vota o 10% do estudantado.
Situar-se num cenário novo sem mover um dedo.
Todavia, e como diziamos em segundo lugar, os CAF sabem que, com lentidom, as assembleias de estudantes contra Bolonha vam fazendo cousas e, este ano, fôrom capazes de reunir por volta de 200 pessoas na Assembleia Geral de 30 de Outubro.
Nom é mau momento para eles explicarem à comunidade universitária que, malia a sua preguiça e acomodamento, seguem a ser, 23 anos depois de se constituír, um grupo activo e, por se alguém o duvidasse, o maior, ou dito na sua linguagem, o que mais "pasta" recebe. Por algo será.
Realizar um pequeno esforço cada "x" anos para publicitar-se atreu, nom é tam complexo: apenas tés de engraxar umha maquinária, grande isso si, oxidada de tanto tempo sem ser empregue.
Os CAF, engodo para estudantes despistados/as ou acomodados/as.
Enfim, um quartel de sêculo foi suficiente para que os CAF, que ninguém se engane, nom existam se falamos em termos de luita estudantil.
Poderám encher Escolas e Faculdades de material pago polo BNG ou pola nova empresa USC; poderám ser nomeados milhares de vezes como o mítico grupo "esse dos estudantes nacionalistas" como se nom houvesse outros; poderám colocar todos e todas as suas candidatas nas Juntas, no Claustro, e até no governo galego com um empujonzinho de papa Quintana; e poderám seguir convocando concentraçons contra a suba das taxas que as suas e os seus ex-militantes consentem agora no executivo galego.
Mas nunca poderám enganar o estudantado mais crítico, aquele que nom se deixa levar pola propaganda em forma de globos, colantes e larpeiradas incluidas.
Esse, entre o qual está a militáncia de AGIR, nunca pretenderá que luitar na Universidade signifique ser os rebeldes privilegiados que acordam cada lustro para fazer umha colada contra.... a suba das taxas, por exemplo.