Som muitas as conclusons tiradas do última Clautro da Universidade de Santiago de Compostela.
Junho de 2007
O Claustro, sem contar com instituiçons mais poderosas, alheias e reconhecidas, é o máximo "órgao democrático" da USC, ferramenta do grande capital para amanhar pactos sem a voz do estudantado (o colectivo mais grande em número, mas com representaçom minoritária em voto), palco das elites acomodadas da USC, galinheiro de boas palavras, onde nom existe a dissidência nem a ideia dumha Universidade melhor.
Som muitas as conclusons tiradas do última Clautro da Universidade de Santiago de Compostela. O mesmo Claustro que umha dúzia de jovens vinculados à Coordenadora de Assembleias tencionou boicotar sem êxito, serviu para aprovar certas medidas, algumhas das quais exporemos em dias vindouros.
A falácia europeísta irrompe com força
Um ente esvaziado de conteúdos como este apenas podia trazer-nos novas insípidas, que nom vincam numha melhora da realidade educativa. Um órgao esquálido que nom tem mais amo que a patronal para comer um prato de lentelhas, nom podia aceder a medidas mais demagógicas e prejudiciais que estas. Orientadas todas polo faro da convergência europeia, da qual Galiza sempre se saíu com as sobras.
Em pleno debate europeu sobre o elitismo dos programas de intercámbio, a USC sai pola tangente e garante fomentar esta forma de "conhecer mundo" tam importante para o estudantado galego, que nom pode conhecer a sua língua, nem a sua terra, nem os seus costumes, nem a sua história... mas si poderá conhecer a de outros cantos de Europa.
Assim, todo é previsto para fornecer de recursos "@s compatriotas europeus/ias" que decidam estudar na capital do País ou em Lugo. Em primeiro lugar, o Claustro destaca a importáncia de abrir o ministério de aulas a línguas do continente, escusa que pretensamente permitirá encher-nos de suec@s, croatas e dinamarqueses/as.
Mais umha vez, as comparanças som odios@s. Nom é exagero assinalar que os incentivos ao inglês e outras línguas oficiais da UE vam caminho de tornar o galego em língua de culto indígena; atracçom turística para estudantes encantad@s com rarezas várias.
Se bem que o domínio do castelhano é esmagador sobre o galego como conseqüência da permissividade com o professorado espanholista, a cumplicidade dumha mocidade educada no auto-ódio, e a falta de planos de imersom lingüística ambiciosos, o uso de inglês e alemám começa a adquirir umhas quotas que, por ínfimas, achegam-se mais do galego que este do espanhol.
Ainda, cumpre repararmos no facto de a USC necessitar acudir à promoçom internacional para paliar a queda de estudantes que sofre Galiza como conseqüência dumha crise demográfica monstrosa que vem gestando-se desde fai anos. Esta semelha a única via para garantir que, num ensino privatizado e dependente da poja do capital privado, este assuma algum compromisso com "a Universidade mais importante de Galiza". Que nom nos enganem: o rançoso cosmopolitismo dos reitores da USC já o praticam nas suas viagens por meio planeta, e mandando as suas crianças a colégios "livres de imposiçons lingüísticas" -privados principalmente-.
O intercámbio segue a ser cousa duns poucos e Galiza segue sem figurar no mapa de naçom com identidade própria para quem som atraídos pola propaganda que, a bom seguro, realiza além do Berzo o BSCH e Caixa Galicia, prometendo o nosso País como esse pedaço da Espanha verde e inexplorada, com gentes agradáveis, sorridentes e bem-encaradas.
Por último, citar o facto de, em declaraçons posteriores à juntança claustral, os participantes ter sublinhado a consideraçom de estabelecer taxas diferentes para estudantes "comunitári@s" e "nom comunitári@s". Racismo europeísta, de novo cunho, que passará inadvertido para a maioria. E é que, de trazermos a estudar ganeses e marroquinas, saímos perdendo. Cousas de quartos...