As altas instáncias da política institucional galega começam a empregar o abecê do Processo de Bolonha.
Junho de 2007
As altas instáncias da política institucional galega começam a empregar o abecê do Processo de Bolonha. Na inauguraçom em Compostela dum Foro com o espectacular nome "A transformaçom da educaçom na Galiza" a meados de mês, a conselheira espanholista de Educaçom -Laura Sánchez Piñón- nom se privou de nada ao parafrassear o discurso da burocracia europeia.
A determinaçom do futuro da Universidade decide-se em Salons e Foros empresariais
Num contexto propício para a difussom de mensagens mercantilistas como o foi este encontro, entre outros que empezam a agromar nas proximidades funcionais e gestoras da Universidade galega, Sánchez Piñón garantiu as ‘máximas quotas de excelência sem renunciar à equidade'.
Fica claro que excelência é um termo abstracto nas mensagens capitalistas, contraditório com a equidade. Senom, por que preocupar-se por sublinhar a possibilidade de compatibilizá-los?
A senhora Sánchez deixa bem claro ao serviço de quem está, e quem ordena realmente na educaçom galega: os projectos antidemocráticos e imperialistas da grande Uniom Europeia.
Ainda, a responsável do PSOE esbardalhou um bocado mais. As suas declaraçons destilam um descarado oportunismo e submissom que se vende a través de mensagens indescifráveis, carentes de qualquer conteúdo, destinadas a cumprir com os mecenários do ensino espanhol na Galiza. Sentenças do tipo: ‘O princípio de equidade é o que dá um verdadeiro valor a todos os cambios', ‘a educaçom galega está a cambiar muito'...
Política neoliberal: a educaçom, umha mercadoria
Porém, nom todo som frasses insípidas de politiqueira profissional. A conselheira de Educaçom surpreende-nos mais umha vez vendendo um fumo sinistro, ao apontar que os devanditos cámbios que ham melhorar o ensino (¿?) requerem ‘mudar o investimento por estudante'. A pergunta é, fala a conselheira de investimento público ou privado? Se se refere a que paguemos mais cada ano por comprar o acesso ao ensino, estamos ao tanto; se se refere a acrescentar os orçamentos públicos, seguimos pendentes.Por último, sublinhar que a conselheira adere às teorias neoliberais da "formaçom durante toda a vida", mais um axioma cujo significado pouco tem a ver com a sua conceiçom vulgar. A precariedade laboral exige umha precariedade educacional substantiva, que permita abandonar de vez a ideia de ensino como direito, para tornar numha mercadoria de permanente consumo a conta e risco d@ estudante de por vida, em permanente adaptaçom e seguidismo -nom confundir com formaçom- à esquizofrenia da demanda do mercado de trabalho.